3.3.21

Sem alarde


 


Sem alarde


Eu risco o meu pulso

Não por impulso, não mais.

Meu coração te procura,

Mas, aqui tu não estais.


O sangue escorre sobre a porcelana

E a água o desmancha.

Como uma pequena névoa carmim,

Ainda não deve ser o fim.


Não sei qual a dor que dói,

Mas, a lâmina me engana.

Tão fria e tão inerte,

Assim como quem diz que me ama.


O conforto vem mais cedo, ou mais tarde

Para alguns cedo, para outros tarde.

Ele vem rasteiro e sem alarde.

A chama se apaga, nada mais arde.


Henrique Sanvas

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